DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL
1. SEXUALIDADE E LIBIDO
• Libido : é uma fonte original de energia afetiva que mobiliza o organismo na perseguição de seus objetivos
• A libido sofre progressivas organizações durante o desenvolvimento, em torno de zonas erógenas corporais
• Uma fase de desenvolvimento é uma organização da libido em torno de uma zona erógena, dando uma fantasia básica e um tipo de relação de objeto
• A libido é uma energia voltada para a obtenção de prazer
• É uma energia sexual no sentido de que toda busca por afeto ou prazer é erótica ou sexual
• Há uma tendência natural para o desenvolvimento sucessivo das fases
• Caso surja uma angustia muito forte num dado momento da evolução, como resultado do temor de se ligar a um objeto, cria-se um ponto de fixação
• A fixação é um momento no processo evolutivo onde paramos, por não poder satisfazer um desejo
• O ego se torna mais frágil
• Se a angústia for muito forte, ocorre a regressão
• A neurose é definida por Freud como um infantilismo psíquico
2. FASES DE DESENVOLVIMENTO
2.1. Fase oral
• Ao nascer, o bebê perde a relação simbiótica que possuía com a mãe
• A criança inicia sua adaptação ao meio
• Respirar marca o ponto inicial da independência humana
• A luta inicial é pela manutenção do equilíbrio homeostático
• Ao nascer, a estrutura inicial mais desenvolvida é a boca
• É pela boca que o bebê começara a provar e conhecer o mundo
• A primeira e mais importante descoberta afetiva: o seio
• O seio é o depositário de seus primeiros amores e ódios
• Neste momento o bebê ama pela boca e a mãe ama pelo seio
• A libido está organizada em torno da zona oral e o tipo de relação será a incorporação
• A criança incorpora o leite e o seio e sente ter a mãe dentro de si
• Resquícios nos comportamentos adultos: o canibalismo e a comunhão
3. Fase anal
• No segundo ano de vida, a libido passa da organização oral para a anal
• No segundo e terceiro anos de vida, dá-se a maturação do controle muscular na criança
• É o período em que se inicia o andar, o falar e em que se estabelece o controle dos esfincteres
• Desenvolve-se o sentimento de que a criança tem coisas suas, coisas que ela produz e pode ofertar ou negar ao mundo
• A libido passa a organizar-se sobre a zona erógena anal
• A fantasia básica será ligada ao valor simbólico das fezes
• As relações serão estabelecidas em termos de projeção ou controle
3.1. O valor simbólico dos produtos anais
• Quando a criança ama e sente que é amada pelos mais, cada elemento que a criança produz é sentido como bom e valorizado
• A criança sente-se livre e estimulada a produzir
• Caso as relações de angústia predominem sobre as relações de amor, os primeiros produtos infantis passam a ser armas destrutivas que agridem o mundo
4. Fase fálica
• Por volta dos três anos de idade, a libido passa a se organizar sobre os genitais
• Desenvolve-se o interesse infantil pelos genitais
• A masturbação torna-se frequente e normal
• A preocupação com as diferenças sexuais contaminam até a percepção dos objetos
• A discriminação entre os sexos se dá pela presença ou ausência do pênis
• A vagina é ainda desconhecida
• A erotização dos genitais traz a fantasia de meninos e meninas serem possuidores de um pênis
• A tarefa básica deste momento consiste em organizar os modelos de relação entre o homem e a mulher
• Forma-se na criança uma espécie de busca de prazer junto ao sexo oposto
• É aprendendo a amar em casa que a criança se tornará o adulto capaz de amar fora
• Se aprender a amar é uma relação positiva, o amor incestuoso é uma relação proibida
• O esquema repressor é desencadeado com a entrada do pai em cena
• O pai coloca-se como um interceptor entre o filho e a mãe
• O menino mescla sentimentos de amor e ódio pelo pai
• A criança configura o desejo de eliminar aquele que lhe impede o acesso a mãe – Complexo de Édipo
• O menino teme ser castrado pelo pai, como punição, e é obrigado a reprimir a atração sentida pela mãe
• Com esta repressão fica encerrada a etapa fálica infantil, mas o modelo de busca de um amor heterossexual foi estabelecido
5. Período de latência
• Com a repressão do Édipo, a libido fica deslocada de seus objetivos sexuais
• A energia sexual reprimida não pode ser eliminada
• É canalizada para o desenvolvimento intelectual e social da criança através da sublimação
• É um período intermediário entre a genitalidade infantil e a adulta
• Não há nova organização de zona erógena
6. Fase genital
• Alcançar a fase genital constitui atingir o pleno desenvolvimento do adulto normal
• Aprendeu a amar, trabalhar e competir
• Discriminou seu papel sexual
• Desenvolveu-se intelectual e socialmente
• É capaz de amar num sentido genital amplo e de definir um vínculo heterossexual significativo e duradouro
• Sua capacidade orgástica é plena e ligada a capacidade de amar
• A procriação é finalidade da vida e os filhos fonte de prazer
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