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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Desenvolvimento Psico-sexual na Concepcão de Wallon

DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL






1. SEXUALIDADE E LIBIDO



• Libido : é uma fonte original de energia afetiva que mobiliza o organismo na perseguição de seus objetivos



• A libido sofre progressivas organizações durante o desenvolvimento, em torno de zonas erógenas corporais



• Uma fase de desenvolvimento é uma organização da libido em torno de uma zona erógena, dando uma fantasia básica e um tipo de relação de objeto



• A libido é uma energia voltada para a obtenção de prazer



• É uma energia sexual no sentido de que toda busca por afeto ou prazer é erótica ou sexual



• Há uma tendência natural para o desenvolvimento sucessivo das fases



• Caso surja uma angustia muito forte num dado momento da evolução, como resultado do temor de se ligar a um objeto, cria-se um ponto de fixação



• A fixação é um momento no processo evolutivo onde paramos, por não poder satisfazer um desejo



• O ego se torna mais frágil



• Se a angústia for muito forte, ocorre a regressão



• A neurose é definida por Freud como um infantilismo psíquico





2. FASES DE DESENVOLVIMENTO



2.1. Fase oral



• Ao nascer, o bebê perde a relação simbiótica que possuía com a mãe



• A criança inicia sua adaptação ao meio



• Respirar marca o ponto inicial da independência humana



• A luta inicial é pela manutenção do equilíbrio homeostático



• Ao nascer, a estrutura inicial mais desenvolvida é a boca



• É pela boca que o bebê começara a provar e conhecer o mundo



• A primeira e mais importante descoberta afetiva: o seio



• O seio é o depositário de seus primeiros amores e ódios



• Neste momento o bebê ama pela boca e a mãe ama pelo seio



• A libido está organizada em torno da zona oral e o tipo de relação será a incorporação



• A criança incorpora o leite e o seio e sente ter a mãe dentro de si



• Resquícios nos comportamentos adultos: o canibalismo e a comunhão











3. Fase anal



• No segundo ano de vida, a libido passa da organização oral para a anal



• No segundo e terceiro anos de vida, dá-se a maturação do controle muscular na criança



• É o período em que se inicia o andar, o falar e em que se estabelece o controle dos esfincteres



• Desenvolve-se o sentimento de que a criança tem coisas suas, coisas que ela produz e pode ofertar ou negar ao mundo



• A libido passa a organizar-se sobre a zona erógena anal



• A fantasia básica será ligada ao valor simbólico das fezes



• As relações serão estabelecidas em termos de projeção ou controle



3.1. O valor simbólico dos produtos anais



• Quando a criança ama e sente que é amada pelos mais, cada elemento que a criança produz é sentido como bom e valorizado



• A criança sente-se livre e estimulada a produzir



• Caso as relações de angústia predominem sobre as relações de amor, os primeiros produtos infantis passam a ser armas destrutivas que agridem o mundo



4. Fase fálica



• Por volta dos três anos de idade, a libido passa a se organizar sobre os genitais



• Desenvolve-se o interesse infantil pelos genitais



• A masturbação torna-se frequente e normal



• A preocupação com as diferenças sexuais contaminam até a percepção dos objetos



• A discriminação entre os sexos se dá pela presença ou ausência do pênis



• A vagina é ainda desconhecida



• A erotização dos genitais traz a fantasia de meninos e meninas serem possuidores de um pênis



• A tarefa básica deste momento consiste em organizar os modelos de relação entre o homem e a mulher



• Forma-se na criança uma espécie de busca de prazer junto ao sexo oposto



• É aprendendo a amar em casa que a criança se tornará o adulto capaz de amar fora



• Se aprender a amar é uma relação positiva, o amor incestuoso é uma relação proibida



• O esquema repressor é desencadeado com a entrada do pai em cena



• O pai coloca-se como um interceptor entre o filho e a mãe



• O menino mescla sentimentos de amor e ódio pelo pai



• A criança configura o desejo de eliminar aquele que lhe impede o acesso a mãe – Complexo de Édipo



• O menino teme ser castrado pelo pai, como punição, e é obrigado a reprimir a atração sentida pela mãe



• Com esta repressão fica encerrada a etapa fálica infantil, mas o modelo de busca de um amor heterossexual foi estabelecido





5. Período de latência



• Com a repressão do Édipo, a libido fica deslocada de seus objetivos sexuais



• A energia sexual reprimida não pode ser eliminada



• É canalizada para o desenvolvimento intelectual e social da criança através da sublimação



• É um período intermediário entre a genitalidade infantil e a adulta



• Não há nova organização de zona erógena





















6. Fase genital





• Alcançar a fase genital constitui atingir o pleno desenvolvimento do adulto normal



• Aprendeu a amar, trabalhar e competir



• Discriminou seu papel sexual



• Desenvolveu-se intelectual e socialmente



• É capaz de amar num sentido genital amplo e de definir um vínculo heterossexual significativo e duradouro



• Sua capacidade orgástica é plena e ligada a capacidade de amar



• A procriação é finalidade da vida e os filhos fonte de prazer

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